Foi encontrado na noite de quinta-feira, 17, dentro da Lagoa Grande, o corpo da adolescente Ramaiane Rezende de Souza, 19 anos, que desaparecida desde segunda-feira. A vítima foi localizada completamente nua e com sua calça jeans amarrada no pescoço. Após denúncia de um pescador, o Corpo de Bombeiros resgatou o corpo, que já estava em adiantado estado de decomposição. Exames do Instituto Médico Legal (IML) de Sete Lagoas comprovaram que a jovem foi estuprada antes de morrer. O enterro (foto) realizando na manhã desta sexta-feira, 17, foi marcado por muita revolta. Inquérito policial foi aberto para se chegar até o culpado. No entanto, fato curioso chama a atenção das autoridades locais: um vizinho da vítima, que ajudou nas buscas na terça-feira, cometeu suicídio no dia seguinte.
A estudante participou normalmente das aulas na Escola Estadual Juca Dias e voltava para casa por volta de 22 horas, no Bairro Bouganville, periferia da cidade. Como na madrugada ela não apareceu em casa o seu marido, Carlos Alberto Freitas, 21, familiares e amigos, entre eles o vizinho Edmar dos Santos Bemvindo, iniciaram busca na terça-feira, localizando apenas o par de sandálias que ela utilizava e seu aparelho de telefone celular em um terreno baldio. Sem pistas da jovem, foi dada queixa na polícia na quarta-feira, dia 15. Para surpresa, tanto dos militares quanto dos familiares de Ramaiane, Edmar dos Santos que ajudara a procurar a jovem no dia anterior, foi encontrado nos fundos de sua casa, pendurado em uma corda que usou para se enforcar.
De acordo com a Delegada de Crimes Contra a Pessoa, Mariza Andrade, ainda é cedo para afirmar de quem foi a autoria do crime. “Familiares do Edmar, que cometeu suicídio, dizem que ele estava endividado, o que teria motivado a se matar; que jamais faria nada contra Ramaiane. Vamos interrogar as pessoas para chegar até o suspeito. Vamos intensificar as investigações”, resumiu a Andrade. O delegado de Vigilância Geral, Marco Antônio Rocha, foi quem recebeu a primeira queixa do desaparecimento da adolescente. Segundo ele, somente na quarta-feira passada é que a família procurou a polícia. “Fizemos todo o procedimento para localização da jovem. Até então, não trabalhávamos com a hipótese de homicídio. Mas depois de tudo que ocorreu, já mudamos o foco da investigação”, explicou.
por Celso Martinelli